A governo da Indonésia autorizou a execução do
brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 50 anos, condenado à morte por tráfico
internacional de drogas em 2004. Segundo declaração do procurador Andi Konggasa
ao jornal The Jakarta Post na quarta-feira, o brasileiro e outros dois
estrangeiros deverão enfrentar o pelotão de fuzilamento nos próximos dias.
"Nós preparamos para a execução, em coordenação com
os ministérios relevantes, as embaixadas e as famílias", disse o
procurador. Moreira foi detido por contrabando de cocaína em 2004. Além dele,
dois paquistaneses devem ser executados pelo tráfico de heroína.
Segundo Andi, os acusados tiveram direito total à
defesa. "Eles assumiram todos os tipos de esforços legais para reduzir a
sentença, a partir de admissão dos recursos e pedidos de revisão de caso com o
Supremo Tribunal Federal para pedir um perdão presidencial, mas não adiantou",
disse.
O procurador disse que os presos tinham apresentado os
seus últimos desejos antes da execução. Os dois paquistaneses pediram uma
chance para rever seus familiares, enquanto o brasileiro pediu uma garrafa do
Whisky Chivas Label.
"Nós apresentaram os seus pedidos finais ao
Gabinete do Procurador-Geral e ainda estamos aguardando a resposta, bem como a
confirmação de onde será a execução, que deverá ocorrer no mês que vem",
completou Andi Konggasa.
Marco é um dos 25 estrangeiros no corredor da morte.
Entre os que esperam a ordem de execução está outro brasileiro, o paranaense
Rodrigo Goularte, 39 anos, que foi preso em 2004 com 6 kg de cocaína dentro de
pranchas de surf. Goularte foi condenado à morte em 2005 e a única chance que
ele tem de não ser levado ao fuzilamento é conseguindo o perdão presidencial.
A prisão
Marco Archer Cardoso Moreira foi preso na Indonésia, em
agosto de 2003, depois que autoridades locais encontraram 13,7 quilos de
cocaína escondidos na armação de um paraglider em sua bagagem. O brasileiro
chegou ao país em um voo da companhia holandesa KLM e, quando autoridades
pediram para ver seu passaporte, ele fugiu.
O fato intrigou os funcionários da alfândega, que
abriram as sete malas dele e acabaram descobrindo 19 pequenos pacotes contendo
um pó branco escondidos no paraglider - o pó foi posteriormente identificado
como cocaína. O brasileiro, descrito por autoridades de segurança indonésias
como um "courier" de um grupo internacional de tráfico de drogas, foi
capturado após 16 dias foragido.
Pedido de clemência
Em 2005 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou
interceder junto ao governo indonésio para evitar a execução dos brasileiros.
Em seu pedido de clemência, o presidente argumentou que o Brasil considera o
tráfico de drogas um crime grave, mas não prevê a pena de morte para nenhuma
espécie de delito.
Apesar dessa e de outras tentativas do governo
brasileiro, a pena contra Archer foi mantida. Caso fosse aceito o pedido de
clemência, o brasileiro deveria cumprir prisão perpétua.
Em 2010, Lula fez um pedido ao presidente da Indonésia
pela anulação da pena de morte para Rodrigo Goularte. "Eu já falei com o
presidente da Indonésia duas vezes sobre a pena de morte de um brasileiro que
tinha lá uma prancha cheia de cocaína. Ele está condenado à morte, está no
corredor da morte, eu já falei duas vezes com o presidente da Indonésia,
possivelmente por isso ele ainda não tenha sido morto", afirmou o
presidente na ocasião.
A data da execução do de Marco Archer ainda não foi
definida pelo governo indonésio.
13,7 kg de cocaína! Mais pesado que as minhas malas! E fugiu quando pediram o passaporte. Ou seja, não tem nem como ser armação.
ResponderExcluirÉ mais do que sabido que lá na Ásia eles fuzilam MESMO quando pegam traficantes, e mesmo assim o pessoal se "aventura"...
"O procurador disse que os presos tinham apresentado os seus últimos desejos antes da execução. Os dois paquistaneses pediram uma chance para rever seus familiares, enquanto o brasileiro pediu uma garrafa do Whisky Chivas Label" .
ResponderExcluirFaltou pedir o amendoim, para acompanhar.
TÁ...ri horrores com o pedido mas...fuzilamento? é sério?
ResponderExcluirAline, qualquer traficante que se preze sabe que a pena pra tráfico na Indonésia (e nos países ali da volta) é fuzilamento... o cara foi moleque mesmo.
ResponderExcluirPor mais chocante que seja a medida, ainda assim há quem desafie e arrisque.
Sinceramente? De tantas posturas desmedidas do pessoal do oriente, essa pra mim é uma das (únicas - diga-se) que faz sentido.
(Espero que a Aline continue minha amiga depois desse meu comentário. Se bem que ela sempre soube dos meus posicionamentos, né?? auihauhauha)
ResponderExcluirVoto por uma posição intermediária:
ResponderExcluirPena de morte é - inaceitavelmente - demais; Pena restritiva de direitos para o tráfico é muito pouco, principalmente na forma (para inglês ver) como são cumpridas as nossas PRDs.
Laurisse, sem comentários. Interrompo AGORA nossa amizade.
ResponderExcluirahuwhauhwuhuwh
Sempre soube...cutuquei a onça, só isso! e ta rendendo, viu? ahuwhauhwuha
Pena de morte é inadmissível, e não me venha com contexto cultural...ainda mais se tratando de um crime que tem visiveis motivações econômicas...e só!`
Não espero que governo brasileiro sequestre o sujeito para que viva feliz e ponto. Mas requerer que um nacional seu não seja assassinado (sim, é isso) por um Estado estrangeiro a fim de cumprir pena proporcional à legislação do nosso país é bem cabível.
Gente, calma, eu também não sou a favor da pena de morte! hehehehe
ResponderExcluirNo entanto, se essa é a lei deles e se um estrangeiro foi lá e a "desafiou" (porque, convenhamos, levar em drogas mais do que eu levo de roupas numa viagem é uma ação arrojada), concordo que acarrete as consequências previstas na Lei deles, seja ela qual for.
Tudo bem o Brasil tentar impedir isso e trazer o nacional pra cumprir uma PRD aqui (uahauhahua), mas se não deu depois das N tentativas, não adianta querer travar uma guerra.
Não entendo essa gente que não aproveita a mamata jurídica que tá pra ser traficante no Brasil e vai justamente pra Indonésia meter o pé na jaca!