domingo, 1 de abril de 2012

O Golpe do 1o. de abril...e não é piada.


2 comentários:

  1. Para contribuir para o debate, transcrevo o artigo do Coronel do Exército, Sérgio Sparta, publicado na Zero Hora de hoje (48 anos após o Golpe), cujo título é "A Dita Dura Brasileira" (assim mesmo, separado).


    A Dita Dura Brasileira

    Sergio Sparta

    A esquerda é persistente em acusar o período de 1964 a 1985 de ditadura militar ou anos de chumbo. Será que foi? Que razões levaram os militares a assumirem a direção da Nação? São questionamentos que devem ser considerados, pois os fatos e principalmente os fatos políticos são reflexos do momento em que vivemos.

    Era o período do marxismo-leninismo, a doutrina esquerdista “da moda” (que não deu certo em nenhum lugar do mundo), que não media conseqüências (promoveu o genocídio de mais de 100 milhões de pessoas, fora as prisões e trabalhos forçados) para conquistar e subordinar povos, à força, na intenção de internacionalizar a sua doutrina.

    O Brasil, por suas características geográficas excepcionais, população considerável e fragilidade econômica e política, foi alvo da cobiça comunista/socialista. Aqui aportaram – na década de 1920 - e insuflaram pessoas a aderirem as suas idéias. Subvertendo a ordem ao desrespeitar os poderes constituídos e as autoridades e praticar o terrorismo (atentados, sequestros, roubos, assassinatos,...) como ação inibidora, criavam as condições para a implantação da sua ideologia, que se resume: na direção centralizada através de um Partido Único – o Partido Comunista - na restrição das liberdades individuais e no controle da economia, da imprensa e das mentes.

    A situação em 64 tornou-se crítica. As Forças Armadas foram chamadas e, como sempre, não se omitiram. Assumiram o poder, sem confrontos ou mortes e respaldadas pelo poder civil, para impedir a assunção da nefasta esquerda e preservar, dentro das circunstâncias, a tranqüilidade nacional.

    O período dos presidentes militares foi um período de regime político forte, que procurou restabelecer com o mínimo de sacrifício as melhores condições para a conscientização da cidadania e a plena liberdade democrática, objetivos permanentemente antagonizados pela esquerda. Ao mesmo tempo criou a infraestrutura necessária ao progresso, o qual alcançou com ordem - passamos da 46ª. para a 8ª. economia do mundo. Gerou condições de acesso a benefícios sociais, sem populismo. Rompeu acordos, fomentou e criou empresas de interesse nacional. Expandiu a soberania do mar territorial a duzentas milhas. Implantou projetos como Itaipu, Tucurui, Carajás, Transamazônica, Mobral, Embraer, Funrural, FGTS, INPS, PIS/PASEP, pólos petroquímicos, Banco Central, BNH, Estatuto da Terra, Nuclebrás, Telebrás, Embratel, Metrôs, Ponte Rio-Niterói e promoveu a abertura política e a reconciliação.

    E os “presidentes ditadores”? Ao término de seus mandatos retiraram-se da vida política levando consigo apenas os bens que construíram ao longo da sua carreira profissional e a satisfação do dever cumprido.

    Verdadeiros cidadãos e estadistas.

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  2. Vou transcrever um artigo publicado pelo Presidente da OAB/RJ sobre um interessante projeto de tombamento dos antigos "centros de tortura", transformando-os em memoriais.


    O papel que nos cabe - Wadih Damous

    A seção fluminense da Ordem dos Advogados do Brasil começa ainda este ano, pelo Rio de Janeiro, uma campanha pelo tombamento de locais onde cidadãos, homens e mulheres, em geral muito jovens, encontraram, em seu caminho de luta pelas liberdades democráticas, o terror das torturas e as mortes praticadas por agentes públicos a serviço do regime ditatorial que vitimou nosso país há não muito tempo.

    Queremos que esses locais, onde houve outrora sofrimento e arbítrio, sejam transformados em espaços de memória viva, abrigando documentos, testemunhos, fotos e filmes capazes de resgatar aquele período da nossa história.

    Nosso objetivo será transformar as antigas instalações do DOI-Codi na Rua Barão de Mesquita, do Dops, na Rua da Relação, e a tenebrosa Casa da Morte, em Petrópolis, em memoriais, centros de debates pulsantes e manifestações artísticas e culturais de reafirmação dos valores do Estado Democrático de Direito.

    Pretendemos que recebam a luz solar de tantas verdades escondidas e a visita interessada de muitos jovens nascidos na democracia que jamais souberam o que lá se passou e precisam saber, nesta e nas futuras gerações, como antídoto para que nunca se repita.

    Vamos nos mobilizar e chamar a sociedade, as entidades e organizações civis, os veículos de comunicação, os estudantes e os artistas para conosco levar o movimento a todos os estados brasileiros, pleiteando às autoridades competentes as medidas que se façam necessárias. A exemplo do que empreendemos há dois anos na Campanha pela Memória e pela Verdade, pela elucidação dos desaparecimentos políticos forçados. Estamos novamente em ação, desempenhando o papel que nos cabe.

    Wadih Damous é presidente da OAB/RJ

    Artigo publicado no jornal O Dia, 30 de março de 2012

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